segunda-feira, 11 de julho de 2011

Café da tarde com Miss Miojo

Ja no final da tarde de hoje eu pensei em fazer um post, eu estava feliz, e dando risada da variação comportamental que temos durante o intercambio. Se embora então.

Hoje cedo, como de costume levantei um pouco tarde, tomei um café da manha, com aquela torrada francesa coberta com mel, e recheada com queijo que só eu sei fazer. Depois disso, fui suar um pouco na academia, mas o bacana veio depois banho e do almoço. Fiz um café forte, mais doce do que amargo, e sentei para conversar com o Daisuker, o japonês que mora comigo. Não se preocupem isso aqui não vai se tornar aqueles contos épicos com ensinamento sobre como comer arroz, cuidar de bonsai, lutar Karatê, que o mestre Miyagui, nos passou no filme Karate Kid. Na verdade o rumo da conversa tem bem a minha cara, sempre querendo tratar de assuntos voltados ao dia dia nas corporações. Um saco!
O Dai, como o chamamos, tinha e tem uma reposta sempre muito diferente de todos os outros que dividem apartamento conosco. A pergunta é, How is going your work? Sempre, com um sorriso muito simpático, até com um traço de ternura e sem malícia, ele respondia que tudo estava ótimo, e que ele estava feliz. Bom... se ele dizia isso, o que os outros diziam? "Ah! Meu trabalho é saco! Passo o dia no escritório para fazer poucas coisas, que não tem sentido algum." Isso quando, não sentavam o "pau" nos pobres gestores by Índia.

Foi nesse contexto, que comecei um perguntar mais detalhes do trabalho dele. Questionei as rotinas diárias, quais eram os seus procedimentos. E ja nessa primeira etapa, ele confirmou o seu bem estar em relação ao trabalho, comentando que todo dia era algo diferente, pois ele se direcionava até os superiores e eles solicitavam diferentes coisas. Mas, eu não estava satisfeito com a resposta, queria saber quais era as atividades. Durante a conversa, eu me questionava se eu não estava sendo muito atrevido, petulante, comuns ao meu comportamento. Mas segui em frente. Como não era um interrogatório, compartilhei das minhas angustias e do meu dia-a-dia, também. Até que aquele momento onde ninguém fala mais nada, mas a fabricação de pensamentos causa tanto barulho, que alguém pede silêncio dizendo algo. Eis que o meu grande exemplo, de trabalho árduo na India, me diz que se ele realmente quisesse, ele faria tudo em uma hora, ou seja, ele apenas contou as partes onde ele havia engajamento de uma maneira que ele parecia sempre muito ocupado. Mas na grande verdade, ele passa o tempo lendo jornais na internet.
Ai você, caro leitor, que cansado de ler Paulo Coelho, veio buscar auto-ajuda comigo, pergunta-se. Por que dessa conversa toda? Eu explico. Quando eu perguntava para as pessoas que moravam comigo, como estava o trabalho elas vinham reclamando muito, cheio de pedras nas mãos, prontas para pedirem demissão. A forma tão agressiva, deixava-me desconfiado, se o trabalho era tão ruim assim, ou as pessoas deixavam a desejar na sua pró-atividade. E nesse balé de gringos, tinha um contra pé do Japonês que salientava satisfação a todo momento, e me fazia crer que ele realmente estava buscado desafios e tirando máximo da sua experiência profissional no exterior. Contudo, vi que o nosso Japonês é um guri loco de experto e que se vendeu muito bem sempre. Ao invés de reclamar, dizia que as coisas estavam bem, e criou uma imagem de alguém comprometido e de sucesso perante a todos. Filha da puta! hauhauhuaha



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