segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Reta final.

Acordei bem mais tarde do que de costuma para uma segunda-feira, o motivo, jogo do Grêmio. Como um bom gremista tento acompanhar o meu time mesmo de longe e assistir jogos durante a madrugada, inclusive quando a época é de vacas magras.
O que me permitiu ficar até mais tarde é fato de hoje estarmos celebrando através de um feriado a Independência da Índia. Mostrando minha admiração pelo povo fiz um momento de reflexão pelo país. Preparei um mate de 1/2 erva gaúcha 1/2 erva argentina e lá na sacada me sentei. Fiz posse de bagual veio com a pernas bem abertas, uma mão apoiada sobre o joelho, a com a outra segurava a cuida, enquanto pensava alto. "Bah país bem loko tchê! Se cria vaca solta na rua e ninguém faz um churrasco. Ao menos o povo é simpático que nem prenda missioneira, sorriso fácil e sempre pronto para uma boa prosa".

Depois dessa reflexão profunda, decidi vir a frente do laptop e fazer o meu último post, antes de deixar esse país que muito bem acolheu.
É bem verdade que temos alguns problemas de saneamento básico aqui, e uma série de limitações devido a cultura, mas isso não é o principal, e não é isso que transforma esse país em uma nação diferenciada. O que temos aqui é uma população 5x maior que a do Brasil que consegue conviver entre si, menos parecendo não ter espaço para todos. Um bom exemplo é o trem, onde dezenas brigam para passar pela mesma porta em distribuir tapas ou ofensas. Ainda no transporte público lembro o ônibus, onde em cada porta 5 ficam pendurados do lado de fora, por não haver espaço no interior (quando dá eu sou desses, é bom, pega um vento). Para pagar o ônibus, você precisa enviar o dinheiro para o cobrador através das pessoas. Ou seja, o dinheiro vai de mão em mão, sem que ele se perca e ninguém se recuse a tal.

Admiro a memória do pessoal por aqui, em todos os restaurantes que eu vou, eles percebem a minha entrada no ambiente e só me perguntam, "the same?", e disparam param para cozinha preparando o prato que costumante eu solicito. Mas não é só isso, eles lembram do nome com grande facilidade. Eu conheci um jovem estudante na academia, que na segunda vez que me viu por lá ja me chamou pelo nome (isso foi depois de quase um mês sem se ver). Os rickshaw drivers também lembram dos lugares onde costumamos ir.

SENTIMENTO
Faz mais de 2 semanas, que tivemos um troca drástica de moradores aqui no apartamento. Todos os companheiros de apartamento foram embora, ou para viajar pela Índia, ou indo retornando para as seus países. Eles deram lugar para um rapaz de 22 anos, filho de Chineses, mas nascido na Malásia e um Ucraniano de 18 anos.

*Foto no terraço aqui do ap.
A relação que eu tinha com os antigo moradores era de amizade, tanto que sinto falta deles, e quando posso converso via chat. Certamente vou lembrar com grande carinho de cada uma dessas pessoas que conviveu comigo durante esse tempo. Apesar da facilidade de contato com familiares e amigos do Brasil, a presença física é importante. O companheirismo e a vivência de histórias comuns a nós, criam laços ajudam a suportar a distância daqueles que tanto amamos.

Como troca aconteceu em praticamente um mês, o sentimento que me atingiu foi de querer ir embora também. Pois, parecia não fazer mais sentido permanecer por mais um mês. É como se o filme terminasse, todos saíssem do cinema e eu permanecesse, sozinho, assistindo os créditos.
O mês de Agosto, ou de desgosto, fica na existência pela expectativa de retorno ao Brasil. Então, temos uma confusão de solidão com entusiasmo pelo retorno. Os planos pro Brasil não poucos. Me até vontade de ouvir um sertanejo... Seguuura amigo, to chegando!


O QUE REPRESENTA

Estar deixando o país que me acolheu por mais de 5 meses mexeu com o meu comportamento em relação as pessoas na rua. Eu estou muito mais amigável, um tempo atrás eu estava cansado de conversar sobre as mesmas coisas com as pessoas, mas hoje quando tenho oportunidade sempre dou ouvido e atenção, não importando o tempo que isso leve. E isso nos dá uma boa recompensa, o sorriso e balançar horizontal da cabeça, que são as formas de mostrar gratidão pelo povo na Índia e que jamais irei esquecer.

Todo dia, eu tinha insighs de assuntos para o blog, acontecimentos inusitados que só na Índia se vivencia. Eu gostaria de escrever todos eles, mas confesso que escolher qual deles contar é muito difícil, e manter um blog atualizado diariamente não tarefa facil, e nunca foi o meu objetivo. Mas certamente, vou compartilhar alguns momentos com aqueles que quiserem ouvir mais a respeito.

*Foto na praia de Marina Beach. A maior praia do Mundo. Nos finais de semana ela recebe mais gente do que copacabana no reveion. Duvidou, dá uma chegada na foto a seguir:


ATÉ A PRÓXIMA!


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Café da tarde com Miss Miojo

Ja no final da tarde de hoje eu pensei em fazer um post, eu estava feliz, e dando risada da variação comportamental que temos durante o intercambio. Se embora então.

Hoje cedo, como de costume levantei um pouco tarde, tomei um café da manha, com aquela torrada francesa coberta com mel, e recheada com queijo que só eu sei fazer. Depois disso, fui suar um pouco na academia, mas o bacana veio depois banho e do almoço. Fiz um café forte, mais doce do que amargo, e sentei para conversar com o Daisuker, o japonês que mora comigo. Não se preocupem isso aqui não vai se tornar aqueles contos épicos com ensinamento sobre como comer arroz, cuidar de bonsai, lutar Karatê, que o mestre Miyagui, nos passou no filme Karate Kid. Na verdade o rumo da conversa tem bem a minha cara, sempre querendo tratar de assuntos voltados ao dia dia nas corporações. Um saco!
O Dai, como o chamamos, tinha e tem uma reposta sempre muito diferente de todos os outros que dividem apartamento conosco. A pergunta é, How is going your work? Sempre, com um sorriso muito simpático, até com um traço de ternura e sem malícia, ele respondia que tudo estava ótimo, e que ele estava feliz. Bom... se ele dizia isso, o que os outros diziam? "Ah! Meu trabalho é saco! Passo o dia no escritório para fazer poucas coisas, que não tem sentido algum." Isso quando, não sentavam o "pau" nos pobres gestores by Índia.

Foi nesse contexto, que comecei um perguntar mais detalhes do trabalho dele. Questionei as rotinas diárias, quais eram os seus procedimentos. E ja nessa primeira etapa, ele confirmou o seu bem estar em relação ao trabalho, comentando que todo dia era algo diferente, pois ele se direcionava até os superiores e eles solicitavam diferentes coisas. Mas, eu não estava satisfeito com a resposta, queria saber quais era as atividades. Durante a conversa, eu me questionava se eu não estava sendo muito atrevido, petulante, comuns ao meu comportamento. Mas segui em frente. Como não era um interrogatório, compartilhei das minhas angustias e do meu dia-a-dia, também. Até que aquele momento onde ninguém fala mais nada, mas a fabricação de pensamentos causa tanto barulho, que alguém pede silêncio dizendo algo. Eis que o meu grande exemplo, de trabalho árduo na India, me diz que se ele realmente quisesse, ele faria tudo em uma hora, ou seja, ele apenas contou as partes onde ele havia engajamento de uma maneira que ele parecia sempre muito ocupado. Mas na grande verdade, ele passa o tempo lendo jornais na internet.
Ai você, caro leitor, que cansado de ler Paulo Coelho, veio buscar auto-ajuda comigo, pergunta-se. Por que dessa conversa toda? Eu explico. Quando eu perguntava para as pessoas que moravam comigo, como estava o trabalho elas vinham reclamando muito, cheio de pedras nas mãos, prontas para pedirem demissão. A forma tão agressiva, deixava-me desconfiado, se o trabalho era tão ruim assim, ou as pessoas deixavam a desejar na sua pró-atividade. E nesse balé de gringos, tinha um contra pé do Japonês que salientava satisfação a todo momento, e me fazia crer que ele realmente estava buscado desafios e tirando máximo da sua experiência profissional no exterior. Contudo, vi que o nosso Japonês é um guri loco de experto e que se vendeu muito bem sempre. Ao invés de reclamar, dizia que as coisas estavam bem, e criou uma imagem de alguém comprometido e de sucesso perante a todos. Filha da puta! hauhauhuaha



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Young Leader - Sergio Schuler's blog: Chennai FACTS*

Gente temos mais um gaúcho conosco aqui em Chennai e o cara tem um blog fantástico que está contando as aventuras por aqui. Ele fez um post com fatos hilários que acontecem no dia dia da cidade, e como ficou muito bom resolvi postar no meu blog o post dele, assim eu tenho registro disso também.

Apreciem...

CHENNAI FACTS* by Sérgio Shüler http://www.young-leader.blogspot.com/

1. If you don't finish all sentences with "AAAANH" (example: "Turn rightAAAANH") no rickshaw driver will understand you.

2. If a street is one way, it is not a traffic violation to go in the "wrong" way if you keep close to its edge.

3. If a store is not named with one (or a combination) of "Sri", "Ram", "Rama", "Ganesh" or "Krishna", the government probably will close it.

4. Mad Max apocalyptic landscape was based in a milder version of Chennai.

5. It is not possible to negotiate with any rickshaw driver below a minimum amount that apparently they all have in their minds. It is possible to pay MORE though.

6. Buses do not need to stop at the stops, even if people are going in and out. People have to run and jump on the bus. That is why the common Chennaier is so thin.

7. If you are out at night, the police can beat you. That is the law.

8. Chuck Norris once said "I cannot live in Chennai, I can't take the heat".

9. It doesn't matter that you are white, blonde, have a huge camera hanging on your neck, a map on your hand and have a colorful sign saying "tourist, not from here" pointing at your head, people will still stop you to ask directions (in Tamil) for some obscure place.

10. When people don't know the way to a place they are asked for directions, it is polite to direct the person is some random direction.

11. When a hole (that is too big for a car to drive by) appears on the road, instead of fixing it, the proper course of action is to put some rocks around and a few plants. Chennaiers appreciate their road gardens.

12. When a car (or any other vehicle) honks, it is not saying "get out of the way", it is merely saying "hey, I am here" or "hey, I will do something you don't expect, like turn".

13. Chennai is one of the most advanced cities in the field of quantum spacial physics: anywhere where there are only space to fit N, in Chennai it fits AT LEAST N+1. (Example: on the road I cross everyday, there are 4 lanes, but it fits approximately 4 lanes of cars, 1 with pedestrians and 1 with vehicles going on the "wrong" way).

14. Chennai is one of the greenest cities in the world: everyday there is at least one light shortage to help the people go green.

15. If you ask a rickshaw driver if he knows the address (even if you invent the address), he will always says "ok" or "yes".

16. When there is a birthday, people celebrate by putting cake on the face of the person who has birthday.

17. Chennai is in the Guinness World Records Book as the most amounts of signatures needed to open a bank account. It is rumored that you could make a bridge from Chennai to the Moon with the amount of papers one need to sign (in 4 or 5 different places in the same sheet).

18. Going to the beach in Chennai does not mean bathing, even though it is constantly 40 degrees.

19. Men use skirts much shorter than the ones designed for women.

20. It doesn't matter how many friends you have, once in Chennai, your biggest amount of SMS received will be advertising.

21. Chennai is the only place where you need to look 360 degrees to cross the street.

22. When cars almost collide, no one gets angry, it is just business as usual.

23. "Toilet paper" is the newspaper one read while on the toilet.

24. Even though they are called "Hindu-Arabic numeral system", there are absolutely no evidence of any sort of logic in numbers in Chennai in any context. Example: You get token 33 for waiting your meal, number 8 is called, than number 42 is next, etc...

25. For any job that need to be done and it is necessary N number of people, in Chennai there will be at least N+2 doing it with the efficiency of N/3.

Live or lived in Chennai? Contribute with some more facts in the comments.

* Lots of this also apply to India in general, but, hey, Chennai is the best in EVERYTHING, rightAAANH?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Comentários random :P

Não tenho mais nada para fazer vou começar a escrever. Partiu!

Coisa boa semana com dias nublados, depois da temporada de calorão absurdo no mês de maio entramos no mês de Junho comemorando a primeira chuva dupla em uma semana. Até então, chuva era algo muito raro, que eu tinha apenas visto uma vez em cada mês.

Bati um papo de corredor com o CEO da empresa que me contratou e entramos no assunto tempo. Segundo ele, as temperaturas vem diminuindo, a intensidade do calor é menor. Essa mudança vem sendo sentida faz um 3 anos, e que os efeitos do aquecimento mundial estão alterando o clima em Chennai também. Esse ano, não se teve aqueles números terríveis que eram comuns a época, por exemplo 45ºC, o máximo foi 41ºC com sensação de 50ºC.

Para se defender desse calor só com muito ventilador e A/C. Hoje, eu não consigo me imaginar dormindo sem A/C, pois sempre que a energia cai, eu acordo 5 min depois um pouco suado.
Eu passo só de short aqui, a camiseta é apenas para sair na rua e não arrumar briga com os Indianos.

Um dia eu estava de saco cheio dessa frescura de não poder andar sem camiseta e fui até um restaurante que fica aproximadamente a 10 minutos daqui. Não deu outra, uma criatura que estava dentro de um "taxi indiano" passou por mim e deu meia volta. Eu, que não aceito levar ordem de qualquer pobre bixo bati boca e usei todo meu "bad enghish" contra ele. Resumo da história, segui sem camiseta. Isso me lembrou meus momentos de segundo grau, "rebelde sem causa". HAHAHAHA

Como eu cheguei na India branco, que parecia estar doente, tento quando me expor ao sol, para ao menos enganar a palidez reluzente. Na minha contra mão, eu vejo uma linha bem grande de cosméticos voltados para a o branqueamento de pele. Essa semana eu vi um comercial voltado a isso, onde o bonitão do comercial, passa o creme que deixa o rosto dele mais claro e assim atrai o olhar das mulheres.

Aqui em casa eu tive que ouvir um papinho bem gay de um indiano que disse que não vai no sol, pois não quer ganhar manchas escuras na pele. Eu ri a semana inteira dessa conversa. FAZ FAVOR!
Mas se você pegar um clip de uma das musicas famosas aqui você pode ver que os atores/dançarinos tem a pele clara. Talvez dai o entendimento que ter a pele mais clara é sinal de beleza.


Quando eu estive gravando a minha participação em um filme de koliwood, a atriz principal tinha a pele clara também, perto do restante dos indianos que eu conheço. Mas naquele dia, quem roubou a cena foi eu, uma nova promessa do cinema internacional. É complicado dizer que vou estar no próximo Oscar, mas a minha atuação no como figurante foi fantástica. Meu papel era ser um passageiro em processo de desembarque no avião. Vocês tinham que ver a desenvoltura com que eu conduzia a minha bagagem, realmente eu parecia um turista! (Sem uma bobagem no post, não é meu post)

Final de semana passada eu fui para a praia com ucraniano, Alex, e americana Taylor. Lá encontramos 3 gurias da malásia (elas tinha cara de panda de pelucia), 2 holandesas e 2 gurias do Canadá. No domingo, fomos para a praia cedo e vimos o amanhecer, tirei umas fotos bonitas, que você pode conferir abaixo. Mas a lembrança maior será em decorrência do TORRAÇO que eu tomei. Seis horas de sol, para um alemão azedo que nem eu é muita coisa. Quero só ver quando eu vou perder a pele das minhas costas, que ardem muito, complicam o meu sono e movimentos bruscos.

Depois de muito tempo, o pessoal aqui de ksa conseguiu uma foto junto em festa. A dificuldade vinha por conta de levar o nosso budista para a farra. O japonês que mora conosco é o "neni" da casa com 21 anos e quase todo sábado tem encontro com os budistas.
A média de idade dos intercambistas profissionais é 24 anos, ja a gurizadinha que vai fazer trabalho social fica na faixa de 20 anos. É um diferença bem considerável em termos de maturidade também. Mas o nosso néni trabalha em uma empresa, e desde sempre ele foi o único que sempre respondia com grande satisfação a pergunta sobre as condições de trabalho. Todos aqui em casa, consideram o seu trabalho monótono e sem grandes desafios, com exceção do japa, é claro.

Na foto vocês podem ver a turma que mora comigo. Nós temos um bom convívio aqui, as vezes batemos boca em decorrência da louça na pia, mas tudo tranqüilo. Uma característica nossa aqui de ksa é gosto pelas festividades, cerveja e vodka, dificilmente faltam em Shenoy Nagar.

Os homens da casa são: Peter (Polonia), Samuel (Alemanhã), Daisuka (Japão) e eu.
As mulheres: Paulina (Polonia) e Celina (Argentina).
Essa foto é no nosso apartamento:
***A guria com kra de bocó e fora do padrão da foto, não é lá de casa.

Eu ando meio parado com as viagens, até fui para Kerala um estado aqui do lado de Tamil Nadu (meu estado). Foi uma viagem longa que se resumiu a mais de 40 horas dentro de um mini - mini - bus, o qual tinha um motorista que não conhecia o caminho e não fala em inglês. Hoje o cara da risada, mas eu só queria saber de saltar fora do projeto de onibus.

Da um bizu na panorâmica que tirei do mini-bus:

Discutimos muito sobre a questão de rota, e tempo de estadia em cada lugar. Foi uma merda, nunca viagem em um grande grupo sem ter tudo exatamente programado e devidamente checado. Claro que planejar viagens na Índia não é muito confiável, aqui tudo pode acontecer. Indiano para mim significa desorganização e falta de planejamento. "Aiii!!! Túlioooo, como tu é!"
Mas é verdade, eu tenho uma pilha de exemplos ruins do caos que é isso aqui.

Mas é isso gurizada, apesar da queixas a vida aqui não é difícil não, ela fica complicada quando eu precisa me aturar um pouco. Ai vai do kra procurar controlar os seus demônios e garantir que o máximo seja extraido dessa imersão sócio-psico-cultural que eu vivo. Enquanto isso sigo tocando o barco.




terça-feira, 24 de maio de 2011

1/2 de intercâmbio.


Vamos lá, alguém precisa escrever alguma coisa nesse blog.

Já faz um bom tempo que não atualizo o blog, o motivo continua sendo o mesmo que escrevi no post anterior, mas com algumas diferenças. A cada dia que passa eu trabalho mais, e ficando com menos tempo, mas a principal diferença fica sob o olhar da experiência extra curricular que possui variações relacionadas a instabilidade emocional.

Atualmente, venho sendo pressionado por mais resultados dentro da empresa, algo comum para quem trabalha na comercial, nada que seria um surpresa para mim. Eu sempre lidei muito bem com isso, mas eu não esperava isso aqui na Índia, em um intercâmbio. Escuto relatos diversos sobre experiências de amigos de diversas nacionalidades e na maioria dos casos a descrição do cargo, tão entusiasmante no papel, vira piada na pratica. Mas no meu caso, eu realmente me sinto empoderado e responsável pelos resultados que devo atingir.

A cobrança deve ser sempre feita, o gestor deve ter em mente, sempre, que se pode crescer mais, e nesse aspecto vejo o chefe fazendo. A duas semanas atrás o meu chefe me questionou se eu poderia trabalhar mais no atendimento dos clientes, eu disse que era possível, mas que isso me exigira abdicar de algumas coisas. Sem dar muito ouvido isso, ele só descreveu a importância do processo e disse acreditar na minha capacidade - PRESSÃO + MOTIVAÇÃO - isso me deixou puto da cara, o que me levou a trabalhar mais, só de brabo. Na semana seguinte fui conversar com ele para entender como ele vinha vendo o processo da semana, e então... CHINELADA + CHOCOLATE. Eu tinha aumentado e quase 40% a minha produtividade, e agora ele quer ver mais. O engraçado disso tudo é que eu tenho isso muito bem racionalizado por experiências anteriores, mas mesmo assim acabo agindo como um.... seria irracional? Não! Mas mesmo assim a capacidade do gestor de fazer a combinação PISÃO NO PÉ + ALGODÃO DOCE é boa, e funciona comigo. Sou um pobre peão que abaixo do laço consegue juntar mais cabeças de gado por cavalo encilhado. Pobre dos meus futuros colaboradores, vão passar pelo mesmo.

Agora para acordar aquele leitores que não gostam de ouvir esse meu papo de "administradorzinho" vou falar de festas (tem neguinho que abriu um sorriso agora).



O mês de maio é um mês muito bonito, pois é marcado por eventos bonitos... dia das mães, meu aniversário. hahaha! Tem pessoas que não gostam de comemorar o aniversário, pois "ficam velhas" né? Outras, por não ver sentido em comemorar. Mas para mim aniversário é um momento único (obvio! é uma vez no ano). É um dia onde você para e olha para o ano que você fechou, olha para tudo aquilo que realizou e aprendeu, é quase um segundo natal/revion em termos significado para mim.

No dia 7 de maio de 2011, eu olhei para 2010 e os meus 23 anos. Resultado da análise? melhor idade da minha vida! Meu deus, cresci absurdos como pessoa (amigos pode confirmar), cresci muito profissionalmente ( veja meu curriculo) e TO MA NO CU vim parar na INDIA!



Certamente comemorar aniversário longe dos amigos de fé e da família tem um lado bem triste. Mas feliz da pessoa que mesmo assim, junto um bando de gringo para ir para uma praia - indiana - e tomar um trago histórico, simplesmente pois uma contagem numérica infere que você completou um ciclo, assim como a barata outro animal qualquer.

Eu fiquei bem contente com resultado do convite feito para os meu amigos aqui em Chennai. Apesar de alguns, não terem comparecido, a grande maioria veio para fazer algo que eu sempre quis fazer. FARRA NA PRAIA! AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!


Eu tenho uma paixão grande por estar rodeado de pessoas, certamente a minha casa vai ter um espaço reservado só para receber os amigos com uma ceva sempre bem gelada. Mas para isso há momentos... têm momentos que gosto de estar no meu canto, fazendo as minhas coisas do meu modo sem interferência de qualquer um. Mas no meu aniversário SEMPRE sempre será um dia de compartilhar a minha alegria.

"4 MESES FORA DO BRASIL!"
Eu disse que é maio é bonito, pois, no dia 19 de Janeiro, 4 meses atrás eu sobrevoava as piramedes do Egito e saia do Brasil para fazer história, então temos mais um aniversário, mais um ciclo que completa. Cheguei a metade do meu intercâmbio.

Passou tão rápido que mal consigo realizar que em 2011 vi tanta coisa diferente. Vi egipcios derrubando governo, vi de perto a crise da Grécia e a primeira coisa que eu vi na Índia foi uma vaca no meio do transito. Nesse periodo eu aprendi algumas coisas sobre inferencia de um intercambio para um jovem. Eu classifico o resultado em 2. O primeiro pode transformar você, fazer você abrir os olhos para coisas que você jamais avalia olhado, e o segundo, é um processo de consolidação, quando a cada dia que passa você tem mais certeza do quer para si.

Antes de viajar eu achava que iria para fora do Brasil e ser o mesmo grosso que nasceu no Agudo, sem frescura nenhuma, sem medo de nada e o mesmo apaixonado pela farra. Bastou eu fechar 4 meses que eu posso dizer que estou no time daqueles que passa por um processo de consolidação. A cada dia que passa eu tenho mais certeza do que quero para mim, para minha vida. Inclusive, eu lembro de mim mesmo avaliando o processo de intercâmbio pra uma pessoa meses atrás, cheguei a pensar que intercâmbio não era para mim, pois sempre fui muito seguro dos meus valores e convicções. De fato continuo com eles, mas certeza MESMO! Eu estou tendo agora, que posso bater no peito de dizer... Me atirei de mala e cuia para qualquer lugar ai, para ver se eu sou esse "bagual" que sempre acreditei ser. Porém antes de cantar mais alto, volto ao ponto de que estou na metade do meu intercâmbio.

Instabilidade emocional é o há no intercâmbio. É incrível como o nosso humor varia absurdos no mesmo dia. Esse dias dei um piti aki em casa, mandei gente a puta que partiu e caralho a 4. Sobrou o serviço de pedir desculpas para um 30 minutos depois e outro no dia seguinte. Papelão! É, eu sei, mas faz parte, não é fácil chegar inteiro do trabalho depois de um dia de pressão, pegar um trajeto de quase 2horas para voltar para ksa, e ainda enfrentar as diversidade de morar com mais 5 nacionalidades. Na mesma ideia, você pode passar por tudo isso, e dar risada de tudo da rua e ainda ansioso para ver todos e contar as coisas pelas quais você ria sozinho pela rua. Esses dias eu me flagrei fora de rota pois minha mete estava em outro planeta, mas absurdamente feliz.

- É uma saudade do futuro. -


Quando você decide tudo que quer fazer, e os passos que você vai dar, só existe um sentimento querendo assumir o controle. É a ansiedade em ver os resultados dos teu planos. Atualmente, eu venho travando essa briga comigo mesmo, tentando manter a cabeça no dia a dia, mas o "amanhã" insiste em aparecer com uma tela de pop - up, apresentando uma promoção considerada irrefutável.

Existe uma gama de fatores que estão envolvidos nisso, eu acredito conhecer a razão de cada um deles, mas o difícil esta sendo canalizar isso em uma energia a ser investida no dia a dia, algo que quebre a rotina que ja está formada, mas que tem prazo para acabar. Quase tudo do intercambio tem prazo de validade, talvez seja por isso, que me torno mais ansioso, mais planejador.

O principal objetivo do intercâmbio era colocar mais um carimbo no currículo, indicando eu sou um bonitão que sabe se virar sozinho bem longe de tudo que proporciona segurança. Dessa forma eu consigo abrir um dos fatores de ansiedade, é que o fato desse intercâmbio estar relacionado a algo maior, o meu plano de carreira que não tem data para terminar... Pensando rápido, uma capa de Exame seria um bom indicador de termino.. Enfim, o intercambio é tão pequeno dentro de tanta coisa que eu preciso fazer ainda, que começo a tirar a atenção dele.

O clima de to indo embora ta começando a chegar no meu apartamento. Em dois meses vou perder 50 % dos meus colegas de ap, e isso interfere também, pois eles compartilham os seus planos de viagem.

Nessa semana em especial, eu estou sentindo saudade de estar com os meus colegas de ap, pois quando eles chegam do trabalho eu estou trabalhando, e quando eles vão dormir eu continuo na lida. Ai eu acordo mais tarde, pois sou o último a ir dormir e ja não vejo mais ninguém em casa. Para agravar o quadro eu trabalho de casa, pois o que importa para a empresa são os contatos que eu faço e qualidade das negociações que eu apresento. Para isso, tanto faz se é aqui ou na empresa, ou importante é estar conectado com o Brasil, assim sendo, só durante a noite.

Para fechar, foto do templo que visitamos em Madurai. Abraços.




domingo, 1 de maio de 2011

Uma experiência ao natural.

Perto de completar um mês sem postar nada eu decidi mudar o estilo de postagem. A justificativa por tanto tempo sem postagem é o valor dado as coisas. Depois de mais de 3 meses fora do Brasil e perto de completar o segundo mês na Índia eu começo a priorizar as experiências em si. Claro não é apenas isso, a falta de tempo é outro fator.

As experiências ganhavam valor a cada dia, atualmente estou vivendo no melhor momento social aqui na Índia. Eu conheço todas as pessoas, e tenho um ótimo relacionamento com todas. Quando falo, pessoas, me refiro aos intercambistas que vivem em Chennai, somos quase 40. A cada dia me sinto mais a vontade , e isso me permite ser eu mesmo por inteiro. Vocês sabem, fanfarrão.

Essa característica não deixa as pessoas decepcionadas quanto ao comportamento de um quase legítimo brasileiro. Posso dizer que cumpro bem o papel aqui. As bagaceirisses e músicas internacionais mais cantadas são as brasileiras. Vendi aqui “Garota de Ipanema”, Martinho da vida com “já tive mulheres...”. Trechos como “TODO MUNDO NÚ, NINGUÉM É DE NINGUÉM. “TIRA ESSA ROUPA”. Algumas frases como TE ARRENDO LOKA e assim por diante. Todos esperam que um brasileiro tenha samba no pé, não é bem o meu estilo, mas jogo de cadeiras já parei uma festa para receber uma salva de palmas.


Dentro do trabalho conheço quase as pessoas e tenho um bom relacionamento com a grande maioria. No início eu era bombardeado por uma seqüência de perguntas que me deixaram de saco cheio, mas que hoje aprendi a ligar e inverter a conversa. “O que você acha de Chennai? O que você pensa sobre o calor? Você gosta da comida Indiana? O que você fez no último final de semana?”. Imagina ser perguntado todo o dia por cerca de 2 a 3 pessoas por dia apenas no trabalho, pois na rua era a mesma coisa. O que é necessário fazer é começar a perguntar sobre as pessoas também, e realmente se interessar. Eu venho utilizando isso para melhorar a capacidade de entender inglês by Índia.

Eu ando meio sem tempo para postar no blog pois no trabalho eu não tenho tempo livre para sentar com calma e colocar mais de hora escrevendo e revisando o blog, já em casa eu apenas quero ficar de papo com o pessoal que mora comigo ou ver um filme e seriado. Portanto, tento ficar longe a internet durante a noite, pois fico 8h por dia na internet no trabalho. Antes que alguém levante da cadeira me crucificando - “AHHHHHHH! Para postar no tem tempo, mas para ficar na internet tem!!!!” – meu trabalho até o momento foi buscar os meus possíveis clientes no Brasil, e para tanto utilizava da internet, e como tinha prazo para a entregar um banco de dados, eu apenas dava um desopilada e matando a saudade falando com as pessoas by MSN e FB.


Com isso eu volto o cerne da experiência de intercambio, viver e se relacionar com as pessoas aqui. Eu já estou entrando num estágio que começo a pensar que vou sentir muita saudade da gurizada daqui. Todos são muito diferentes (internacionalização), mas tão iguais aqui na Índia e na busca de desenvolvimento.

Todos que moram comigo trabalham, estão relacionados a negócios internacionais, são pessoas que chegam em casa com os mesmos problemas e alegrias. A duas semanas atrás o Alemão fechou o primeiro negócio, semana passada foi eu que ganhei uma salva de palmas e um parabéns bem vigoroso do CEO da empresa pelo Business Plan.

A gurizada aqui é muito geração saúde, todos correm pelo menos 3 x por semana, eu o japa e o alemão vamos na academia com regularidade. Combinamos de correr todas as manhas as 7h depois voltar para o café da manhã que é bem caprichado e vamos todos para o trabalho. É um rotina muito agradável.

Hoje mesmo, fizemos uma limpeza pesada aqui, que o apartamento nunca tinha passado, foram mais de 15 sacolas de lixo para fora. Lavamos paredes, removemos panelas em excesso, organizamos armários e tal. E isso foi feito em um consenso natural, ninguém pediu par ninguém, apenas a Celina disse, “borá limpar o AP (ARG) ” e todos se atracaram. Sensacional!


Sofremos alterações no apartamento, tivemos uma baixa com a saída do Peter da Polonia, o cara é muito engraçado e comandava a gurizada aqui, a minha ex-companheira de quarto Ivete, México, deixou a Índia pra curtir seu romance com uma outra menina, não sei onde. Com isso, chegara a Paulina (Polonia) e Celina (Argentina). A Celina faz o papel da Camile, minha irmã, aqui, como ela fala português serve como fuga quando se está cansado de falar em inglês e quer apenas fazer comentários random.

Semana passada fiquei doente, quase 3 dias com dor de estomago. Não foi aquelas diareia braba que o pessoal normalmente passa aqui, mas o meu estomago simplesmente tava devagar na digestão me deixando estufado e se apetite. Ficar doente é um prato cheio para sentir saudade de casa. Com essa frescurite que eu passei eu saí da minha rotina, parei de fazer exercícios por uma semana – isso deixa de cara – ficava só no quarto vendo filme, pois estava tentando ficar de repouso e me recuperar o mais rápido possível. Eu perdi duas festas em função disso e ai tu fica um pouco fora do contato com as pessoas.

O intercambista precisa de viagem de festa. As coisas não são normais na sua grande maioria, e para agüentar o tranco por ficar longe da família, amigos e gaúchas o gringo precisa estar em função, arrumando um agito, uma janta, um evento que seja, para reunir a gurizada. Como eu tava doente eu fiquei longe das funções por uma semana e foi o primeiro período que eu estava com mais nojo da India e com saudade do Brasil.

Fiquei bom, voltei para farra, fiquei feliz. A essência de intercambio equilibrado é a farra.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Thiruvannamalai depois de Sexta





Depois de ter passado por uma noite de estress estérico, evoluir para uma felicidade alcoólica e fechar a noite com história para contar se largamo para mais uma cidade.

Thiruvannamalai


A cidade é conhecida praticamente por duas coisas. A primeira envolve uma rocha, morro, montanha, sei lá como um geografo qualifica a tal, que é referencia para um evento religiosos que acontece em novembro. A idéia dos hindus é subir até o topo dela para buscar a purificação. Então, naquele mês a cidade recebe gente de várias partes da Índia e do mundo para suar os saris e pegar um tostão (é quente amigo). O segundo fato é um templo consideravelmente grande que a cidade tem. Ele representa a completa fulia em torno da escalada do morro. A cidade não passa de 200 mil habitantes, o que para a Ìndia é considerada uma vila.

O desenho da brincadeira começou sábado a tarde quando fomos até a rodoviária pegar um ônibus para ir de Chennai até Thiruvannamalai. A saída estava marcada para as 3:30 e sem grandes problemas localizamos o bus, pagamos 60 rupees para viajar num ônibus em péssimas condições. Vamos fazer uma pausa aki. Levanta a mão quem ja andou de ônibus que faz tranporte cidade muito pequena para o interior da mesma. Tu já? Meu amigo, que luxo aquilo... E quando tu andou nele, o ônibus tinha vidro nas janelas? Isso sim é 1º mundo. Nunca na minha vida eu pude dar maior significado para a expressão por mim usada...
"MAS QUE CHALEIRA!!!"
**(é uma pena que eu não tirei um retrato do veículo.)

4h depois, cheio de mosquito na mosquito na boca chegamos na tal cidade.
1º passo: Encontrar pouso
Situação: Fail! Tinham dito que tinha um hotel MARA, para passa a noite. Tava fechado a joça.
Resutaldo: tirar uma foto tosca para não esquecer o momento.

2º passo: Comer.
Situação: Demo sorte! Achamos um restaurante vegetariano bem ajeitado.
Resultado: Pança cheia, comi batata até dar nojo.

3º Passo: Voltar a busca de pouso.
Situação: Meu Chapéu!
Mah gente, varremos a porra da cidade procurando lugar para dormir. Os lugares que estavam na redondeza do restaurante onde comemos estavam lotados. Eram passado das 11h, e isso aqui na india quer dizer portas fechadas, e pouca gente na rua, quando começamos a usar o looney planet para ligar para hoteis da cidade e pousadas. Para agilizar a busca, nos separamos, uns para um lado e outros para outro. Quem encontrasse um lugar bom e barato que avisasse os outros. D

Viramo em perna até que o grupo que eu estava encontrou um lugar. Era uma pousada que ficava aberta 24h e tinha quartos para todos.

Acompanhe passo a passo a negociação:
Gringos: How many people per room?
Dono da pousada: 300 Ruppes
Gringos: How many rooms avalible?
Dono da pousada: No TV
Gringos: We don´t care about Tv
Dono da pousada: Come! come!
Ele mostrou os quartos.
Gringos: Ok, two people per room. So How much per room?
Dono da pousada: 300 ruppes
Gringos: No, 150 ruppe
Dono da pousada: TV in room!
E assim foi, entre gruninos do homi, e nós pussucando preço, decidimos ficar ali.
Nisso, eu liguei para os outros dizendo que tinhamos arrumado um lugar para ficar e expliquei o caminho. Ai a gurizada chegou largou as malas e foi ver onde se arrumava ceva aquela hora. Foi que eles negociaram com um maluco lá, e se foram buscar as cevas. Eu fiquei na pensão para acertar o valor, pois o dono da pensão exigia pagamento adiantado.

Foi uma briga veia novamente, pois depois de 10 min eu entendi que teria que pagar um calção, ou seja, uma grana extra, que ele devolveria quando devolvêssemos a chave. Assinado, recebinho na mão, eu e o Mateus (ESL) subimos para falar com as gurias e ai...

CHEIO DE PULGA OS COLCHÕES!

As gurias só disseram, não podemos ficar aqui. Eu e o Mateus nos olhamos com aquela cara de quem fez merda por ter pagado antes. Então expliquei a situação para as gurias, e desci para reaver a grana e dizer que não iriamos ficar mais.

FUDEU! O veio só dizia NO RETURN! NO RETURN!
Os que me são mais íntimos conhecem a minha falta de paciência e vou logo alterando o tom de voz. Não adiantava eu explicar, dizer que o quarto era sujo, e tal, que só tinha como resposta aquela cara suja, veia, enrrugada balançando de forma negativa.

Teve uma hora que eu encurralei o loko, e ia gritando...GIVE ME THE MONEY BACK! E nada de reação. Eu tava tão puto que dei um tapão na mesa e gritei ao mesmo tempo, sinalizando que agressão física era iminente. Nisso o Mateus me puxou para trás e ao mesmo tempo a gurizada que foi buscar ceva também chegou. Me tiraram de perto do homi, e recomeçaram a conversa.

Nada! Ai disseram que iriamos ligar para a polícia. Fizemos isso, e ficamos aguardando. Ao mesmo tempo, ele foi ao telefone e tentava ligar para um número que estava em um cartão. Chamava... chamava e nada. Não acreditando naquilo tudo, voltei a fazer pressão, até que uma hora que eu estorei, fechei o punho e...

Fui segurado pela gurizada... Eu bufava. Ta vermelho! Suando! Incrédulo.

Enquanto isso, dois vizinhos acompanhavam a situação e vieram falar conosco, explicamos o causo, e eles deram a ideia para o veio de que ele poderia ficar com 10 % do que era pago e devolver o restante. Foi o final de história, todos concordavam, pois não aguentávamos mais aquela situação, até porque, ainda estavamos sem berço.

Caminhamos, ligamos e conseguimos um hotel. Depois de várias tentativas achamos um hotel que era um pouco mais caro, mas que tinha condições de proporcionar uma boa noite de sono. Antes de irmos dormir, tinhamos um seviço a fazer:


4º Passo: Planejamento da manha seguinte
Situação: acordar as 5:30 da manha para escalar a o bentito cerro
Resultado: Branco de sono

Acordei a expedição e marchamos rumo cerro que está atrás de mim na foto a cima. Tinhamos que sair cedo, pois precisávamos evitar o forte calor. Depois que o sol aponto na céu, as pedras esquentam tri rápido. No caminho compramos suprimentos. Um cacho de banana e água.

O nascer do sol:

2º No pé do cerro encontrei o piscinão de ramos versão Índia.
3º Parei no meio do caminho para tira uma foto com vista para a cidade.
4º Quase no topo avistamos uma figura se manifestando. (bem no topo, atrás dos galhos)
5) Por fim uma foto com a figura que mora no topo da rocha.

A escalada foi um sucesso, ouvimos das pessoas que o tempo médio era entre 2horas e 30 minutos. Fizemos em apenas 1h e 30 min. Ficamos cerca e 40 minutos lá em cima, tirando fotos e apreciando a vista.


Voltamos para o hotel para comer alguma coisa e tomar uma ducha. pois tinhamos o templo para visitar.
O templo ocupava uma área bem grande, vários monumentos e outros pequenos tempos dentro dele.

Para a entrada você deve entrar descalço, e de saia. Foi um função para alugar a saia, pois o lugar não era apenas visitado por nós, haviam várias pessoas lá.

Todo o chão é pedra, o que deixa a caminha um pouco mais complicada. Imaginem um sul de 40º direto nas pedras e você descalço sobre elas. O jeito era dar uma de brasileiro e mostrar que tem samba no pé. :p

O que amenizou parte do percurso era um tapete trançado, mas ele era muito estreito. Então as pessoas ficam se esbarrando uma contra as outras, para não pisar no chão quente.


Abaixo um vídeo da entrada. Obs: A música é do local.

Dentro do templo, achamos um elefante pedinte. Sensacional, tu da uma moeda para ele e ele oferece uma benção.


Assim, terminamos esse post, pra lá de atrasado. O fato é que eu agora estou com pouco tempo para fazer post. Durante a semana o trabalho não me da folga para tal, e quando chego em casa, tudo que eu menos quero ver na minha frente é o PC, ja que trabalho nesse momento 8h na frente dele.

Nos finais de semana eu aproveito para fazer algo diferente com a gurizada. O tempo aqui passa muito rápido, ja estou mais de mês aqui na Índia e terça-feira completo 3 meses fora do Brasil. Então, não posso deixar de aproveitar as oportunidades que aparecem.

Abração