terça-feira, 15 de março de 2011

3º CONTINENTE: ASIA/ ÍNDIA

Qatar

Para ir até a Índia eu precisei fazer uma escala no Qatar, país do oriente médio. Durante o vôo eu tive novamente contato visual com deserto, mas dessa vez foi mais intenso, pois sobre voei a Arábia Saudita. É muito angustiante pois parece que está acontecendo um furdunço do grande lá em baixo, pois a poeira indo de um lado e pro outro, tudo marrom. Bah não curti, sou mais do pampa veio.

Assim que começamos a sobrevoar o Qatar tive outra primeira vez. Foi a primeira vez que eu vi uma industria de petróleo. É muito interessante, pois são estruturas, creio equivalentes a 1ha, perto da costa, onde cada uma tem uma chaminé colocando fogo pra fora, e bota fogo nisso.

Quando estávamos próximos de aterrissar, sobrevoamos o centro da capital DOHA. Foi surpreendente, pois a cidade tem uns prédios loko de ajeitado, com faixadas modernas, luzes piscando, jóia tche. Fiquei pensando, nesse momento, o que não deve ser Dubai. O aeroporto é novinho, tem cadeiras super confortáveis, internet grátis (não é a melhor, mas ta ok) e Notebook charger.

Como esse aeroporto possui um ponto para se conectar a internet, as pessoas ficam umas próximas as outras, e isso é muito legal. Em 5 minutos, fiz amizade com uma senhora da Turquia disse que eu lembrava o filho lindo dela. Depois disso, um Iraquiano fez um quiz comigo sobre o Iraque, eu passo cada uma, mas me divirto e o FB ganha novos amigos. Hahaha.

Enfim, entrei no avião rumo a Índia.

Para começar a contar a saga indiana, vou contar os meus primeiros 7 dias.

INDIA!

1º DIA - A chegada

Depois de algumas horas de voo cheguei em Chennai, cidade litorânea, no sul da Índia com altas temperaturas, que costuma ser atingida por Monsões durante o verão.

Meu voo chegou as 3:30 do horário local, ou seja 8h e 30 min de diferença do Brasil. O processo de desembarque é simples, mas para mim é um momento de sentir preocupação. Eu costumo criar hipoteses de grandes problemas, mas evitar o panico, ou seja, planejo as merda que podem acontecer. Eu tenho um medo danado de chegar em um pais diferente do meu e não ter acesso as minhas malas. Depois de se um dos últimos a ser liberado pelos oficiais da alfandega, pois eu não tinha escrito o maldito endereço num papel tosco, fui lá pegar as minhas malas.

MEU DEUS! MINHAS MALAS!

Tchê, tinha umas 200 pessoas ali pegando suas malas. O número ia diminuindo drasticamente, assim como o número de malas e nada das mala do Alemão. Eu comecei a planejar o para quem eu iria reclamar as minhas, quando estavam eu e mais 4 pessoas apenas e ai surgiram as minhas malas. To MA NO CU, matam o cara de sofrimento.

Bom, peguei as malinhas, tirei a minha bandeira do brasil para mostrar pro pessoal que tava me esperando que eu era a pessoas que eles tinha que carregar. Muito difícil de distinguir entre os indianos né!? Pois podiam confundir o branco dos olhos. hahaha

Cheguei lá fora, faceiro com a minha bandeira na mão e ai eu vi a India pela primeira vez. GENTE, MAhh GENTE! QUENTE, MAhhhhhh QUENTE! SUJOO, MAAAAhhhH TE FALA EM SUJO!

e por último

SOZINHO!

Não tinha ninguém pra ver a porra do alemão balançando a bandeira de 10 pila que ele tem o brasil... Em 5 minutos olhando ao retor, achei! Um monte gente, mahhh um monte! me olhando com kra, eu acho que esse gringo ta perdido aqui. Era incrível, 4h da manhã e um furdunço ali no aeroporto. Logo em seguida, vieram uns nativos perguntando quem eu era, e me oferecendo taxi. Ai eu disse, nahh, obrigado, vão vir me buscar. AHAM! Buscaada VEIA!

Como eu tinha planejo a merda, eu primeiro eu tentei conexão com internet. Pois, para quem não sabe, a India é tem um mercado de TI muito grande, ou seja, TI= computador = internet. Juuuuuura, não tinha, e o lugar que tinha só iria abrir dentro de 5h. Fudeu? Mah de que jeito! Eu tinha celular dos irresponsáveis por me pegar no aeroporto. Nesse mesmo momento eu me senti acolhido pois eu lembrei dos meus amigos que diriam. "Que orgulho desse alemão, pensa em tudo." Era só ligar e acordar o loko... Mas e aquele aparelho chamado celular, onde tu arruma?

Trova gente, fiz amizade com uns maluko... E pedi o celular emprestado. Liguei, e quem disse que cidadão atendia. Nada! Liguei para outro celular que era o do escritório da AIESEC. Esse logo atendeu e desligou em seguida, mas mandou uma menssage.

QUEM É FILHO DA PUTA QUE TA LIGANDO A ESSA HORA DA MADRUGADA!

Ai eu respondi:

UM ALEMÃO QUE UM FILHO DA PUTA ESQUECEU DE PEGAR NO AEROPORTO!

Então, me ligaram, e acertamos que eu pegaria um taxi para ir para um lugar que a pessoal falaria para o taxista onde era. Ai veio o proximo problema, como pagar o taxi?

Eu tinha alguns euros comigo, que tive que trocar junto ao "mercado negro do cambio". 20 euros se transformaram em 1000 Rupees.

Durante a tarde eu fiz o meu primeiro passeio a trem. Foi através dele que cheguei a até a estacão de Numgambakkam.

Na recepcao eu encontrei o Giordano, que no horas depois estava deixando a India com o Brasil como destino. No meio aquele caos o Giornado, mais outros dois trainees e mais dois indianos organizaram um comboio até o meu apartamento. Esse comboi foi foi feito com o uso de AUTOs. AUTOs, são triciculos cobertos.

Jesus, apaga a luz! Por que se locomover atraves desse meio, só vendando. Foi através desse veículo, muito popular que tive o meu Segundo contato com o transito indiano. Tche, a cidade ja um caos pq tem muita gente, e para piorar tudo andam na mão contrária. Mas depois de muitas manobras radicais, cheguei ao ap. Ai veio a primeira surpresa boa, o ap é loko de ajeitado para os patrodroes de intercambistas. Em termos de infra-estrutura ele não é melhor que o meu apartamento no Cairo, mas ele ganha um charme especial, pois são 6 pessoas morando ali, e isso é o diferencial de tudo.

Moram comigo: Um alemão, dois poloneses, uma Mexicana e um japones. Todos muito gente boa, limpos e organizados. Isso faz muita diferença quando se divide apartamento.

O fato do Giornado ter morado lá me facilitou o primeiro dia, pois ele saiu comigo e me mostrou onde era o supermercado e me deu o cellular dele, com isso não precisei me preocupar em comprar Chip, o que é um saco aqui na india, pois tu precisa de varios documentos e ter um indiano contigo. Depois disso, desapachamos o Giornando, fomos levar ele até o aeroporto. No mesmo dia eu estava duas vezes naquele lugar.

Arrumei minha cama, limpei o quarto, e caí duro morto de sono.

2º Dia - Conhecer a empresa e a cerveja.

Eu praticamente dormi a manhã inteira. Não virei a tarde pois o calor não permite. Eu tenho ar condicionado no quarto, mas só ligo matemos ligado até a hora de dormir, caso contrário o pulmão veio não aguenta.

Eu tinha uma reunião na empresa, seria apenas para acertar as coisas para começar efetivamente na semana seguinte. Quem me levou até lá foi o Adytah, meu TN manager, ele nunca tinha para as banda da minha empresa, ou seja...2h e 3o min... para chegar lá. Eu fiquei meio assustado, pois de que forma eu iria todos os dias para o trabalho? Para vocês terem noção o meu trajeto é mais ou menos assim:

Ap até Shopping : 10 min : Modo: alpargata

Shopping até estão de Nungambakkam: 10 min : Modo: Share auto

Nungambakkam até Estação Fort: 10 min: Modo: trem

Fort até Estação Velacheri: 35 min: Modo: trem

Velacheri até ponto de bus: 7 min: Modo: alpargata

Bus até entrada do bairro: 10 min: Modo: bus

Parada até empresa: 10 min: Modo: alpargata

Mas a reunião foi produtiva, acertamos o meu salário e os meus benefícios. Mas levantou-se a hipotese de tranferencia de aparatamento, para um que fosse mais perto. Eu fiquei meio assim, pq o meu ap é mais legal. AaiiiiiiilLLL

Nesse dia demos uma volta na volta no barriro e saímos para jantar. Comi o famoso Chicken Briani (não lembro como se escreve e não é o prato). Meu deus, eu senti medo. Deixei a metade no prato, PUUUUURA PIMENTA! Sério eu parei pra pensar. MEU ALMOÇO!Bah me fudi nesse lugar. Acostumado a comer muito, teria que reduzir esse hábito devido ao gosto da comida. Na minha ideia muito tempero tira o real gosto da comida, mas o indianos entende que muita pimenta mata as bixera. Não dúvido, é aquilo ardeu na guéla. Eu fiquei até de mau humor pois, entendi que eu não iria conseguir comer comida india, ou seja, morreria de fome, pois não tem outra coisa.

Chegamos em casa e ja tinham acerto uma vista para mim ao outro apartamento, para checar e ver a possibilidade de trocar. Bom fui com a mexicana que namora a menina do ap que iriamos. Fui sujo e com a roupa do corpo mesmo. Lá eu entendi que todos estavam indo para uma festa, e todos estavam num padrão de festa bonita, e eu de short de futebol. Tive que pedir uma calça emprestada para o Marcel da costa do Marfin, que conheceu o Kéliton, quando este estava lá. Para quem não sabe o Keliton dividiu quarto comigo em Santa Maria, e agora dividi as calças de um amigo dele do tempo de Africa. MUNDO MUUUITO PEQUENO!

Enfim, fui pra festa, sujo, com camiseta da AIESEC com o pessoal do ap que eu decidi não morar pois os quartos não tem ar condicionado. A festa foi muito massa, agitamos um monte, e fiz mais parcerias. Engraçado foi a recepção muito contagiante do amigo de Uganda.

3ºDia - Sábado produzindo

O Agustino, um mexicano, posou aqui em casa. Ele mora bem longe do nosso ap, que é mais central, e mais proximos das festas. Como ele planejou um visita ao porto de Chennai, ficou aqui por casa e convidou o pessoal do ap para ir junto. Quem também passou a noite aqui em casa foi a Tania (alemanhã) e o Mateus (Eslovenia). Claro que eu aceitei! Isso é muito importante para quem está no começo do seu intercambio, ficar junto de pessoas que tem maior conhecimento sobre a cidade. Além do mais, final de semana não para se ficar em casa, principalmente quando se está em um intercambio.

Participar de todas as atividades logo de chega é essencial para uma fácil adaptação. A cada pessoa que você conhece, você troca algum tipo de informação. Eu não sei quanto as outras pessoas, eu não conversei com outro intercambista brasileiro sobre isso, mas creio que a grande maioria apresenta esse comportamento incial. Outro ponto importante a ressaltar é a necessidade de criar laços de amizade e fazer-se presente dentro de grupo. O ser humano nasceu para compartilhar as experiências, sozinho você não consegue isso.

Enfim, fomos entre quatro para a seguinte rota;

1º Envento EMPOWERMENT orgazanido pela AIESEC Chennai. Era um evento que trazia palestrantes que abordavam o tema liderança. Ficamo ali por umas 3h, tempo suficiente para assistir 2 palestras, comer, e eu conhecer o pessoal da aiesec e ser convidado para ser jurado de um painel de negócios. Mas, como eu ja tinha me programado com o pessoal para irmos até o porto de Chennai, não dei a graça dos meus feedbacks para o pessoal. hahaha

2º Trem até o porto
3º O porto


4º Uma igreja católica: Isso me deixou muito perturbado, pois aquela estrutura não combina com os indianos. Difícil descrever, mas o sentimento era meio de indignação, pois aquilo era marca do imperialismo - a amargura quanto a isso vem sendo criada desde o tempo de Egito.


5º Rua muito pobre:

É muita miséria para um lugar só. É muita fala de saneamento B-Á-S-I-C-O.

6º O palácio da justiça de Chennai. De longe eu achava que era um tempo, mas chegando lá tava estampado a denominação do local.


7º Marina Beach: É a praia onde fica a estátua do Gandhi. Praia essa, que eu não me arrisco a entrar no mar. Não quero ganhar uma bereba de graça. Se você olham um rio aqui, vocês não bebem nem água de garrafa. É merda flutando para tudo que é lado. Não existe vida, o Tiete é pinto perto dos Galo cinza que temos por aqui.

9º Farra: Não preciso falar muito. Mas assim, a ceva é equivalente a R$ 7,00, não paga entrada. Entro de bermuda e camiseta que eu molhei de suor o dia inteiro, e pago de bonitão ainda, pois tiro os tênis para ficar mais confortável. Não entendam mal o pessoal (indianos), o único bagacero era eu.
Durante a noite, estavamo sentados todos em uma longa mesa, ai foi que caiu a ficha, pois olhei aquela mesa e poderia dizer que que todos os continentes estavam representados. Quase encheu os olhos do alemão.

4º DIA - Fuck forneigners
Foi a primeira vez que eu vi quem eram de fato os moradores do apartamento, pois muita gente passa por aqui. Naquele dia o Petter da Polonia, que estava em Bangalore chegou. Cansados do dia anterior, decidimos pegar mais leve tipo pegar uma piscina:

A tardinha saímos para jantar um butter chicken (pimentaaaa) e depois ir para algum lugar tomar uma ceva.

O problema foi o meio de locomoção, pegamos um Share Auto, ou seja, um AUTO que cabe mais gente. Foi a viagem mais loca da minha vida, não batemos por um tris umas 10x! O motorista abria caminho no meio de um transito extremamente congestionado. Eu só dizia. Agora! TÁAAAAA! E ele olhava pra mim e ria. FANTÁSTICO.



Foi muito massa, só a gurizada, trocamos muitas ideias, falamos de vários assuntos, mas o que deixou a gurizada de boca aberta era quando eu falava com gosto e orgulho, da terra quem tem as mulheres mais maravilhosas do mundo.

5º e 6º DIAS- Primeiro dia Oficial de Trabalho

O nome da empresa onde eu trabalho é Kryptos Network (www.kryptos.in), é uma consultoria de gestão de monitoria offshore. Meu cargo é Business Development e serei responsável pelas ações de vendas com o Brasil. Vou ficar aqui por 6 meses, creio eu temo suficiente para colher alguns resultados concretos.

Nesses dias tive tempo para ler algumas coisas da empresa, conhecer o pessoal, e ter um treinamento de vendas durante a tarde. A primeira impressão é de ter um pessoal bem prestativo ao meu redor e que precisarei fazer muita coisa por minha conta, ou seja, puxar o pessoal. Aqui não tem refeitório, mas ele providencia almoço para mim todos os dias e cafezinho "sem muito açucar, por favor".

Eu distribuí uma fitinha verde e amarela pro pessoas que trabalha na minha voltar, como o intuito de quebrar um possível gelo e tentar fazer as pessoas gostarem de mim (pra gosta de mim, só pagando). Apesar da boa intenção, eu gerei um problema para mim. O ciumes provocado pelos meus colegas de trabalho em cima dos outros que não ganharam a fitinha me gerou trabalho. Tive que cortar mais fitinhas, pq os que ganharam passavam na frente dos outros mostrando e dizendo Brazêlllll Brazêlll (o "i" não sai fácil aki). Tanto que uns vieram até a minha mesa puxar papo, mas olhando para as fitinhas. No final do dia eu estava sozinho no trem indo em direção ao ap e passei as 1 hora e 45 min (tempo de viagem) dando risada disso.

7º Dia - Reflexão: Capacidade de Adaptação

Eu preciso dizer que sou bom nisso, uma semana e me sinto totalmente em casa. Foi o mesmo no Cairo e em Atenas. Quando faziamos avaliação de competencias na AIESEC a minha resilência sempre apontava entre as mais altas e de fato, aqui no meu intercambio posso carimbar isso.

Necessidade de criar um processo padrão: Não sei se gosto ou não disso, mas é verdade, eu me concentro e criar um processo de padrão mínimo que me dá a segurança para aí arriscar. Parece meu obvio, mas eu parei para pensar e fiquei ligando com um possível indício de gostar de rotinas. É um gosto por ter as coisas bem planejadas e saber o que será feito no dia seguinte. Não gosto de ir dormir sem saber o que farei no outro dia. Ou seja, antes de querer sair bem loco a viajar pela Índia, queria colocar tudo no seu devido lugar. Creio que ja consegui.

MINHA INDIA! FAZ FAVOR!


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