Para ir até a Índia eu precisei fazer uma escala no Qatar, país do oriente médio. Durante o vôo eu tive novamente contato visual com deserto, mas dessa vez foi mais intenso, pois sobre voei a Arábia Saudita. É muito angustiante pois parece que está acontecendo um furdunço do grande lá em baixo, pois a poeira indo de um lado e pro outro, tudo marrom. Bah não curti, sou mais do pampa veio.
Assim que começamos a sobrevoar o Qatar tive outra primeira vez. Foi a primeira vez que eu vi uma industria de petróleo. É muito interessante, pois são estruturas, creio equivalentes a 1ha, perto da costa, onde cada uma tem uma chaminé colocando fogo pra fora, e bota fogo nisso.
Quando estávamos próximos de aterrissar, sobrevoamos o centro da capital DOHA. Foi surpreendente, pois a cidade tem uns prédios loko de ajeitado, com faixadas modernas, luzes piscando, jóia tche. Fiquei pensando, nesse momento, o que não deve ser Dubai. O aeroporto é novinho, tem cadeiras super confortáveis, internet grátis (não é a melhor, mas ta ok) e Notebook charger.
Como esse aeroporto possui um ponto para se conectar a internet, as pessoas ficam umas próximas as outras, e isso é muito legal. Em 5 minutos, fiz amizade com uma senhora da Turquia disse que eu lembrava o filho lindo dela. Depois disso, um Iraquiano fez um quiz comigo sobre o Iraque, eu passo cada uma, mas me divirto e o FB ganha novos amigos. Hahaha.
Enfim, entrei no avião rumo a Índia.
Para começar a contar a saga indiana, vou contar os meus primeiros 7 dias.
INDIA!
1º DIA - A chegada
Depois de algumas horas de voo cheguei em Chennai, cidade litorânea, no sul da Índia com altas temperaturas, que costuma ser atingida por Monsões durante o verão.
Meu voo chegou as 3:30 do horário local, ou seja 8h e 30 min de diferença do Brasil. O processo de desembarque é simples, mas para mim é um momento de sentir preocupação. Eu costumo criar hipoteses de grandes problemas, mas evitar o panico, ou seja, planejo as merda que podem acontecer. Eu tenho um medo danado de chegar em um pais diferente do meu e não ter acesso as minhas malas. Depois de se um dos últimos a ser liberado pelos oficiais da alfandega, pois eu não tinha escrito o maldito endereço num papel tosco, fui lá pegar as minhas malas.
MEU DEUS! MINHAS MALAS!
Tchê, tinha umas 200 pessoas ali pegando suas malas. O número ia diminuindo drasticamente, assim como o número de malas e nada das mala do Alemão. Eu comecei a planejar o para quem eu iria reclamar as minhas, quando estavam eu e mais 4 pessoas apenas e ai surgiram as minhas malas. To MA NO CU, matam o cara de sofrimento.
Bom, peguei as malinhas, tirei a minha bandeira do brasil para mostrar pro pessoal que tava me esperando que eu era a pessoas que eles tinha que carregar. Muito difícil de distinguir entre os indianos né!? Pois podiam confundir o branco dos olhos. hahaha
Cheguei lá fora, faceiro com a minha bandeira na mão e ai eu vi a India pela primeira vez. GENTE, MAhh GENTE! QUENTE, MAhhhhhh QUENTE! SUJOO, MAAAAhhhH TE FALA EM SUJO!
e por último
SOZINHO!
Não tinha ninguém pra ver a porra do alemão balançando a bandeira de 10 pila que ele tem o brasil... Em 5 minutos olhando ao retor, achei! Um monte gente, mahhh um monte! me olhando com kra, eu acho que esse gringo ta perdido aqui. Era incrível, 4h da manhã e um furdunço ali no aeroporto. Logo em seguida, vieram uns nativos perguntando quem eu era, e me oferecendo taxi. Ai eu disse, nahh, obrigado, vão vir me buscar. AHAM! Buscaada VEIA!
Como eu tinha planejo a merda, eu primeiro eu tentei conexão com internet. Pois, para quem não sabe, a India é tem um mercado de TI muito grande, ou seja, TI= computador = internet. Juuuuuura, não tinha, e o lugar que tinha só iria abrir dentro de 5h. Fudeu? Mah de que jeito! Eu tinha celular dos irresponsáveis por me pegar no aeroporto. Nesse mesmo momento eu me senti acolhido pois eu lembrei dos meus amigos que diriam. "Que orgulho desse alemão, pensa em tudo." Era só ligar e acordar o loko... Mas e aquele aparelho chamado celular, onde tu arruma?
Trova gente, fiz amizade com uns maluko... E pedi o celular emprestado. Liguei, e quem disse que cidadão atendia. Nada! Liguei para outro celular que era o do escritório da AIESEC. Esse logo atendeu e desligou em seguida, mas mandou uma menssage.
QUEM É FILHO DA PUTA QUE TA LIGANDO A ESSA HORA DA MADRUGADA!
Ai eu respondi:
UM ALEMÃO QUE UM FILHO DA PUTA ESQUECEU DE PEGAR NO AEROPORTO!
Então, me ligaram, e acertamos que eu pegaria um taxi para ir para um lugar que a pessoal falaria para o taxista onde era. Ai veio o proximo problema, como pagar o taxi?
Eu tinha alguns euros comigo, que tive que trocar junto ao "mercado negro do cambio". 20 euros se transformaram em 1000 Rupees.
Durante a tarde eu fiz o meu primeiro passeio a trem. Foi através dele que cheguei a até a estacão de Numgambakkam.
Na recepcao eu encontrei o Giordano, que no horas depois estava deixando a India com o Brasil como destino. No meio aquele caos o Giornado, mais outros dois trainees e mais dois indianos organizaram um comboio até o meu apartamento. Esse comboi foi foi feito com o uso de AUTOs. AUTOs, são triciculos cobertos.
Moram comigo: Um alemão, dois poloneses, uma Mexicana e um japones. Todos muito gente boa, limpos e organizados. Isso faz muita diferença quando se divide apartamento.
O fato do Giornado ter morado lá me facilitou o primeiro dia, pois ele saiu comigo e me mostrou onde era o supermercado e me deu o cellular dele, com isso não precisei me preocupar em comprar Chip, o que é um saco aqui na india, pois tu precisa de varios documentos e ter um indiano contigo. Depois disso, desapachamos o Giornando, fomos levar ele até o aeroporto. No mesmo dia eu estava duas vezes naquele lugar.
Arrumei minha cama, limpei o quarto, e caí duro morto de sono.
2º Dia - Conhecer a empresa e a cerveja.
Eu praticamente dormi a manhã inteira. Não virei a tarde pois o calor não permite. Eu tenho ar condicionado no quarto, mas só ligo matemos ligado até a hora de dormir, caso contrário o pulmão veio não aguenta.
Eu tinha uma reunião na empresa, seria apenas para acertar as coisas para começar efetivamente na semana seguinte. Quem me levou até lá foi o Adytah, meu TN manager, ele nunca tinha para as banda da minha empresa, ou seja...2h e 3o min... para chegar lá. Eu fiquei meio assustado, pois de que forma eu iria todos os dias para o trabalho? Para vocês terem noção o meu trajeto é mais ou menos assim:
Ap até Shopping : 10 min : Modo: alpargata
Shopping até estão de Nungambakkam: 10 min : Modo: Share auto
Nungambakkam até Estação Fort: 10 min: Modo: trem
Fort até Estação Velacheri: 35 min: Modo: trem
Velacheri até ponto de bus: 7 min: Modo: alpargata
Bus até entrada do bairro: 10 min: Modo: bus
Parada até empresa: 10 min: Modo: alpargata
Mas a reunião foi produtiva, acertamos o meu salário e os meus benefícios. Mas levantou-se a hipotese de tranferencia de aparatamento, para um que fosse mais perto. Eu fiquei meio assim, pq o meu ap é mais legal. AaiiiiiiilLLL
Nesse dia demos uma volta na volta no barriro e saímos para jantar. Comi o famoso Chicken Briani (não lembro como se escreve e não é o prato). Meu deus, eu senti medo. Deixei a metade no prato, PUUUUURA PIMENTA! Sério eu parei pra pensar. MEU ALMOÇO!Bah me fudi nesse lugar. Acostumado a comer muito, teria que reduzir esse hábito devido ao gosto da comida. Na minha ideia muito tempero tira o real gosto da comida, mas o indianos entende que muita pimenta mata as bixera. Não dúvido, é aquilo ardeu na guéla. Eu fiquei até de mau humor pois, entendi que eu não iria conseguir comer comida india, ou seja, morreria de fome, pois não tem outra coisa.
Chegamos em casa e ja tinham acerto uma vista para mim ao outro apartamento, para checar e ver a possibilidade de trocar. Bom fui com a mexicana que namora a menina do ap que iriamos. Fui sujo e com a roupa do corpo mesmo. Lá eu entendi que todos estavam indo para uma festa, e todos estavam num padrão de festa bonita, e eu de short de futebol. Tive que pedir uma calça emprestada para o Marcel da costa do Marfin, que conheceu o Kéliton, quando este estava lá. Para quem não sabe o Keliton dividiu quarto comigo em Santa Maria, e agora dividi as calças de um amigo dele do tempo de Africa. MUNDO MUUUITO PEQUENO!Enfim, fui pra festa, sujo, com camiseta da AIESEC com o pessoal do ap que eu decidi não morar pois os quartos não tem ar condicionado. A festa foi muito massa, agitamos um monte, e fiz mais parcerias. Engraçado foi a recepção muito contagiante do amigo de Uganda.
3ºDia - Sábado produzindo
O Agustino, um mexicano, posou aqui em casa. Ele mora bem longe do nosso ap, que é mais central, e mais proximos das festas. Como ele planejou um visita ao porto de Chennai, ficou aqui por casa e convidou o pessoal do ap para ir junto. Quem também passou a noite aqui em casa foi a Tania (alemanhã) e o Mateus (Eslovenia). Claro que eu aceitei! Isso é muito importante para quem está no começo do seu intercambio, ficar junto de pessoas que tem maior conhecimento sobre a cidade. Além do mais, final de semana não para se ficar em casa, principalmente quando se está em um intercambio.
Participar de todas as atividades logo de chega é essencial para uma fácil adaptação. A cada pessoa que você conhece, você troca algum tipo de informação. Eu não sei quanto as outras pessoas, eu não conversei com outro intercambista brasileiro sobre isso, mas creio que a grande maioria apresenta esse comportamento incial. Outro ponto importante a ressaltar é a necessidade de criar laços de amizade e fazer-se presente dentro de grupo. O ser humano nasceu para compartilhar as experiências, sozinho você não consegue isso.
Enfim, fomos entre quatro para a seguinte rota;
1º Envento EMPOWERMENT orgazanido pela AIESEC Chennai. Era um evento que trazia palestrantes que abordavam o tema liderança. Ficamo ali por umas 3h, tempo suficiente para assistir 2 palestras, comer, e eu conhecer o pessoal da aiesec e ser convidado para ser jurado de um painel de negócios. Mas, como eu ja tinha me programado com o pessoal para irmos até o porto de Chennai, não dei a graça dos meus feedbacks para o pessoal. hahaha
5º Rua muito pobre:
É muita miséria para um lugar só. É muita fala de saneamento B-Á-S-I-C-O.
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